Reconstrução mamária

A reconstrução da mama é um procedimento físico e emocionalmente gratificante para a mulher que perdeu a mama devido ao câncer ou a outra situação. Uma nova mama pode melhorar radicalmente sua autoestima, autoconfiança e qualidade de vida. 
A reconstrução da mama é conseguida através de várias técnicas de cirurgia plástica que tentam restaurar a mama considerando-se a forma, a aparência e o tamanho após a mastectomia.

Perguntas frequentes

EXISTE UM MOMENTO IDEAL PARA A CIRURGIA?
A  reconstrução da mama pode ser realizada imediatamente após a mastectomia ou posteriormente, variando de paciente para paciente. O cirurgião plástico e o mastologista, em conjunto com o paciente, irão definir o melhor momento para a reconstrução.

COMO É A CIRURGIA? 
São diferentes as técnicas cirúrgicas disponíveis para a reconstrução mamária. Para a escolha da melhor alternativa são levados em consideração diversos fatores: tamanho do defeito, tamanho da mama contra-lateral, idade e condições clínicas da paciente, necessidade de radioterapia pós-operatória, entre outros.
Para tanto podem ser utilizados o próprio tecido mamário, tecido do abdome ou tecido do dorso, associado ou não a implantes de silicone.

QUAL A ANESTESIA UTILIZADA?
Anestesia geral é a anestesia de escolha.

QUAL A DURAÇÃO DA CIRURGIA? 
O procedimento dura de 1-4 horas, variando de acordo com a técnica cirúrgica escolhida. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois essa permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. 

QUAL O TEMPO MÉDIO DE INTERNAÇÃO? 
Entre 1-3 dias, sempre levando-se em conta o conforto e segurança do paciente.

COMO É O PÓS-OPERATÓRIO? 
A dor não costuma ser intensa e é controlada com uso de analgésicos e anti-inflamatórios. É necessário repouso dos braços, com retorno gradual à movimentação sem restrições. Em alguns casos, usa-se sutiã específico para o pós-operatório por 60 dias.

COMO FICARÃO MINHA NOVA MAMA?
A mama reconstruída não terá a mesma sensibilidade que antes, as cicatrizes são visíveis e estarão sempre presentes na mama, seja após a reconstrução ou a mastectomia. Cirurgias podem ser realizadas na mama oposta, para melhorar a simetria de ambas.
Algumas técnicas cirúrgicas irão deixar cicatrizes no local doador, geralmente localizadas em áreas menos expostas do corpo, como costas, abdome ou glúteo.

É NECESSÁRIO TROCAR O IMPLANTE PERIODICAMENTE?
A melhora na qualidade dos implantes utilizados atualmente reduziu sua necessidade de troca. Embora não haja consenso, estima-se que sua vida útil seja em torno de 10 a 15 anos. Ainda assim, o que realmente é indicado é o acompanhamento permanente, com frequência pelo menos anual, para reavaliação do implante. A troca só é de indicação indiscutível quando da ocorrência de algum evento adverso como, por exemplo, a contratura capsular. 

O QUE É CONTRATURA CAPSULAR?
Após a colocação de qualquer implante de silicone o organismo forma uma camada de tecido que a envolve, a qual chamamos cápsula. Assim, a presença da cápsula é normal e encontrada em todas as pacientes. No entanto, em alguns casos essa cápsula torna-se mais endurecida e mais espessa, podendo provocar alterações na consistência das mamas à palpação manual (a mama fica mais firme que o normal), alterações do formato mamário e, em casos mais severos, sintomas dolorosos.
A evolução dos implantes, com melhora da consistência do gel de silicone e melhor composição da camada de revestimento, além da superfície texturizada, contribuiu para reduzir a ocorrência da contratura. 
No caso de aparecimento da contratura, o tratamento é quase sempre cirúrgico, com a troca do implante.

PRÓTESES DE SILICONE AUMENTAM O RISCO DE CÂNCER DE MAMA?
É sabido atualmente, através da realização de diversos estudos, que muitos dos riscos anteriormente atribuídos ao implante de silicone não são reais. Os implantes certamente não aumentam a chance de desenvolvimento de doenças autoimunes, como lúpus ou esclerodermia e nem de câncer de mama. Além disso, pacientes submetidas à colocação de implantes mamários podem e devem realizar exames preventivos para câncer de mama normalmente, desde que com profissional habilitado.

As informações expostas acima pretendem oferecer apenas uma visão geral do procedimento em questão e em nenhuma maneira substituem a consulta médica. Nessa será discutido qual o procedimento mais adequado ao seu caso, bem como serão dadas as orientações de maneira individualizada.